Boas vindas África

Introdução do mochilão África 2011:
Estou de volta pra mais uma aventura. Desta vez o destino é o velho mundo. Mais precisamente o Egito. Não tive muito tempo pra preparar a viagem desta vez. Contudo estou menos preocupado, acho que a experiência está começando a surtir efeito. A princípio meu roteiro será Egito, Israel, Turquia e Grécia. Tenho pouco tempo desta vez. Vamos ver no que vai dar...

Boas vindas Ásia

Introdução do mochilão Ásia 2010:
Resolvi fazer esse blog de tanto que o meu amigo André falou...cara, você vai pra China; cara, você tem que escrever de lá; tem que publicar sua viagem.
Realmente, pensei bem e de fato deveria publicar minha viagem, não só pra evitar que o André morra de curiosidade, mas, principalmente, porque quase não achei informações mais detalhadas sobre viagens à China. Aqui, pretento não só contar as aventuras que encontrarei na viagem, mas também postar vídeos mostrando o que alguém que não sabe mandarim, comer com dois pauzinhos, qual a moeda da China, dentre outras coisas, poderá encontrar nessa grande aventura...
Claro, já ia esquecendo, também vou ao sudeste asiático. E tudo isso vocês ficarão sabendo por aqui...Espero que curtam bastante e que sirva para quem estiver pensando em ir para o outro lado do mundo como eu.
Abraços a todo e pé na estrada...

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O último dia do ano


Ainda no dia 30 de dezembro, após longas horas de voo de Paris para Cairo, eu finalmente estava no Egito. No táxi do aeroporto para o centro [80EGP (Egypt pound) equivalente a 20BRL e uma hora de viagem até o centro], onde ficava meu hotel - Yasmine Hotel, muito bom para mochileiros, pois é barato e confortável - já percebi como os egípcios são amistosos. Pior que os taxistas do Rio, os do Egito contam muitas histórias, especialmente se você for do Brasil, eu acho. Ele me contou que o Egito torceu para o Brasil na última copa mais do que para a própria seleção. Coisas do futebol...Mas então, eu estava tão cansado ao chegar no hotel, que só queria dormir. Mandei um sinal de fumaça pra casa pela internet e fui dormir. O hotel era bem simples, mas tinha uma qualidade muito importante em Cairo: o silêncio. Sim, Cairo é uma cidade extremamente barulhenta e poluída (visualmente e fisicamente) em muitos pontos. Conseguir um hotel que te guarde quanto a isso, é muito importante. No mais, adorei a localização, fica na Sharia Sherif, 26, bem no centro de Cairo.

Acordei quase meio-dia. O que me fez acordar foi um canto que parecia vir de todo canto da cidade. Um canto típicamente árabe que vinha dos autofalantes espalhados pela cidade toda. Fiquei sem entender muito bem o que havia, mas foi bom porque me serviu de alarme. Bem, estava morrendo de fome, mas com muita pressa, pois queria aproveitar a tarde no museu de Cairo. Não quis  perder tempo parando num lugar pra comer, daí comi um sanduiche árabe de uma rede fast local. Cheguei ao museu por volta das 14h. Os ingressos custaram 60 EGP cada (um para entrar no museu e outro para a sala das mumias dos grandes reis). Aqui vai a dica: estudantes, FAÇAM A CARTEIRINHA DA UNE!!!Tudo no egito é mais barato para  estudante, até comida as vezes. Arrependi-me de não a ter feito. Mas, ok. Na entrada, todos devem passar por uma revista rigorosa, pois desde o atentado de 1997, onde um católico entrou numa mesquita e metralhou 60 pessoas, o governo do Egito reforçou a segurança em vários pontos turístico, contudo o guarda, me interpelou e perguntou de onde eu era. Eu disse que era do Brasil e ele me respondeu com um largo sorriso: in brasilian, we trust. Come in, please! Sei lá, mas acho que realmente nosso país nesse aspecto é maravilhoso. Em todos os lugares que fui sou sempre bem recebido por ser brasileiro (nunca fui na Argentina, gente).  Dentro do museu é proibido tirar fotos, I'm so sorry! O museu possui mais de 1000 peças em exposição. As múmias encontradas no Vale dos Reis, nos arredores da cidade de Luxor, estão todas aqui, exceto uma: a de Tutancamon. Pra mim a parte mais interessante foi entender a invasão dos gregos. Alexandre foi visto com um Deus e por isso proclamado faraó (330 a.C). Os egípcios estavam sob domínio persa e pelo que percebi, aceitar Alexandre foi mais uma estratégia egípcia de rendição inconfessa do que um ato religioso. 
Outro ponto alto do museu foi entender como reconhecer peças das 3 grandes eras egípcias. A mais antiga, que data de mais de 5000 anos a.C , pode ser reconhecida principalmente pelas instalações onde elas se encontravam. Em geral, as tumbas dessa época eram buracos no chão, literalmente, como as tumbas do Vale dos Reis em Luxor. A segunda era, é marcada pelas piramides escalonadas que serviam para afugenter os saqueadores, além de claro cumprir a função religiosa de guardar o corpo do faraó para a outra vida. Além disso, se faz menção a Amon-rá, o deus dos deuses. Esse conceito de culto a Amon-rá foi trazido pelo Ramises III. Isso mostra a grande popularidade deste faraó, pois se algum acontecimento natural extraordinário acometesse o Egito naquela época, o faraó provavelmente seria visto com maus olhos, pois os sábios poderiam facilmente se valer do "eu não te disse para não mudar de deus".
Bem, poderia citar muitas outras coisas importantes na história egípcia que aprendi no museu, mas contudo, passaria hora e horas escrevendo. Na proxima postagem vou falar de Gizá e das piramides. 

P.S.:O reveillon aqui é pouco celebrado. A noite fui até as margens do Nilo esperando ver um espetáculo de fogos e outras coisas mais, mas apenas uns foguetes mixurucas foram lançados de uns barquinhos. Feliz ano novo!         

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Conexão Paris


Ela estava especialmente fria hoje. Elegante como sempre, um brinco. Sua timidez de vagarzinho foi se acabando por todos os cliques e flashes disparados ao seus encantos. Preparou-me um almoço chique, risoto al chorizo, com direito a petit gateau de sobremesa, porque as coisas, no meio do almoço, foram esquentando. Acho que foi o chorizo saboroso e apimentado ou será que foi a inquietude de te reencontrar? 

Poxa, só algumas horas pra te ver é muito pouco...Preciso de um dia, de meses, de anos...Mas sei que sempre terei meu lugar aí com você. 

Alguma coisa realmente acontece em meu coração, no encontro das meninas Elysees e D'Iena. Isso sim é digno de canção...Ah...Paris, serás sempre paixão!
Almoço: Le Bourbon.
End: Rue L'Universite em frente a Assembleè Nationale.
Prato: Risoto al Chorizo + Petit Gateau + Coca(plat de jour) (EUR19,90)

Paris é isso...cada lugar, uma surpresa.  

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Os 10 mandamentos de um mochileiro

Estação de trem em Bruxelas, quando decidi ir à Brugg antes de Paris.



1. Não terás destino certo: O caminho é tão ou mais importante que o destino. A máxima, digna de qualquer manual rasteiro de filosofia oriental, tornou-se um lema do mochileiro. Sim, é importante ter uma idéia, pálida que seja, do que vem pela frente, mas a preocupação com o próximo local a ser visitado deve vir no momento certo na hora de ir a esse local. E qual é ele? Siga a dica de viajantes que encontrar pelo caminho, converse com locais. Arrisque-se. Isso é mais interessante que seguir a bandeirinha de uma agência de turismo em meio à multidão.
2. Ficarás o tempo necessário no lugar: E, para sabê-lo, a regra é simples: se gostar, fique mais um pouco; do contrário, vá embora. O importante é experimentar o cotidiano dos cidadãos e extrair o máximo que o local tem a oferecer. Muitos mochileiros acabam descobrindo em destinos não programados nova razão de vida, nova profissão, novo amor. Às vezes, em aparente paradoxo, se enraízam.
3. Não terás muito conforto: Toda religião exige certo sacrifício. Na mochilagem, a fé é colocada à prova em lugares como dormitórios para 20 pessoas ou banheiros com filas no limite da civilidade. Muitos albergues se esforçam para amenizar a situação com serviços dignos de hotel, como café-da-manhã completo e traslado até o aeroporto, mas mesmo assim continuam sendo albergues.
4. Não andarás na moda: Roupas básicas como jeans, camiseta e um confortável tênis formam o figurino essencial. Mas o principal é que a roupa resista à duríssima jornada.
5. Não tomarás táxis: Mochileiro usa transporte público. Sim, certas vezes é mais seguro e conveniente pegar um táxi – voltando de uma festa de madrugada etc. Mas, se não há pressa ou riscos envolvidos, por que não aproveitar uma experiência mais autêntica de viagem e dividir espaço com pessoas desconhecidas? É uma boa oportunidade de colocar em prática sua engenharia social.
6. Terás opinião forte: De que adianta vivenciar experiências novas e não propagá-las enfaticamente depois? Gostou de um lugar, divulgue. Se passou por problemas em algum albergue, critique. Sua opinião soma-se ao conhecimento coletivo dos mochileiros via fóruns na internet ou boca a boca, permitindo que os próximos viajantes possam escapar de grandes furadas ou conhecer lugares pouco divulgados. Você tem parte nisso.
Estação de trem de Berlin
7. Não terás medo de idiomas: Caracteres cirílicos, ideogramas orientais ou até mesmo o incompreensível sotaque dos portugueses. Não é isso que irá limitar seu contato com culturas distintas. O medo e a dificuldade são naturais, mas o espírito de aventura e a vontade de conhecimento de um mochileiro sempre vão falar mais alto. Um bom guia de conversação é mais que suficiente para ajudar em situações cotidianas, e não há nada que mímica e boa vontade não resolvam. Nessas horas, deixe o superego em casa. A timidez, além de não permitir alcançar seu objetivo imediato, vai, no limite, privá-lo de uma boa história para contar na volta.
8. Não te acomodarás jamais: Qual é a graça de estar num destino e não aproveitá-lo? O mochileiro vive cada minuto de sua viagem como se fosse o último. Cada destino é uma conquista. Mas, cuidado respeite seus limites físicos. Ultrapassá-los vai exigir parada forçada mais tarde. Dormir é imperativo.
9. Farás muitos amigos: Um dos efeitos mais divertidos – e enriquecedores – da mochilagem é o conhecimento de gente nova. Sejam os companheiros de quarto do albergue, sejam os parceiros de bote no rafting, sejam os amigos de caneca no bar. Você toma café-da-manhã com um finlandês, almoça com uma alemã, passeia com um grupo de chilenos à tarde e termina a noite com um grupo animado de israelenses em alguma boate. Por essa facilidade de fazer amigos, muitos mochileiros optam por viajar sozinhos.
10. Não levarás o decálogo tão a sério: Um mochileiro de verdade sabe que nada deve ser levado tão a sério, inclusive mandamentos impressos em revistas de boa circulação nacional. O caminho, que é, sim, pessoal e intransferível, encontra cada um. E da parte da mochilagem, essa religião tolerante, o perdão é universal a quem voltar de uma festa de táxi, se hospedar uma noite em hotel confortável ou até mesmo, veja só, for a restaurante japonês. Sim, você está no seu direito. Só não vá abusar.

domingo, 28 de novembro de 2010

Aquecimento

Jardim Botânico de Curitiba
Paço de Curitiba, restaurado recentemente
Esta semana estive em Curitiba por ocasião de trabalho. Durante a semana caiu uma chuva chata que ia e vinha impedindo você de fazer qualquer coisa. Ela caia principalmente a noite quando eu tinha algum tempo livre para conhecer a cidade. Contudo, o workshop que participei terminava na sexta a noite, daí decidi ficar mais um dia em Curitiba, até porque no Rio de Janeiro estava rolando uma guerra de leve, e me preocupava o retorno à casa. Mas não vou comentar esse episódio triste do Rio. Como ia dizendo, Curitiba me deixou impressionado com seus parques, bosques, restaurantes e principalmente seu centro que é belíssimo. O transporte é realmente bom e sua estrutura para turismo também não fica atrás. Como disse, meu tempo era curto e graças ao citytour que uma das empresas de transporte promove, pude aproveitar as belezas da cidade. O ônibus custa 20 reais e passa pela maioria dos pontos turísticos da cidade. Ele parte da praça Tiradentes bem no centro da cidade. Você tem direito a quatro paradas. Depois retorna em outro ônibus que circulam com uma frequência de 30 minutos, tempo esse que ao meu ver foi excelentemente planejado, pois cada ponto pode ser explorado tranquilamente dentro dessas 30 minutos.

Bem, daí foi só decidir em quais pontos gastaria as minhas paradas. Depois de muito ouvir os curitibanos, decidi  que pararia no jardim botânico, na ópera de arame, na igreja ucraniana e no restaurante Madalosso que é o maior restaurante da américa latina e o segundo maior do mundo.


O jardim botânico é simplesmente fantástico. Aqui em Curitiba, tudo parece ter um toque europeu. Por várias vezes me senti na Europa ao andar pelas ruas da cidade. Eu sempre ouvia pessoas dizendo que Curitiba era charmosa, eu achava esse adjetivo muito antiquado, pois não entendia como ele poderia ser aplicado a uma cidade. Somente quando andei por Curitiba que o compreendi.





Pelo que descobri por aqui esta era uma região de floresta exuberante onde reinavam as araucárias. Os nativos tupi-guaranis, que a habitavam região, referiam-se a ela como Curii Tiba, que pode ser traduzido como pinheiral.
No início da Era Cristã, o Planalto Curitibano era habitado por povos ceramistas de tradição Itararé. Casas subterrâneas, encontradas em sítios arqueológicos nos arredores de Curitiba, mostram a adaptação dos nativos às condições adversas do clima, como os ventos frios.
Por época da chegada dos portugueses ao Brasil, o Planalto Curitibano era ocupado por grupos das famílias lingüísticas Jê e Tupi-Guarani.
As primeiras décadas do século 16 marcaram o início de uma guerra de conquista dos europeus contra os povos indígenas que habitavam os planaltos do Sul e Sudeste do Brasil. Eram expedições portuguesas e espanholas em busca de metais e pedras preciosas e índios para escravizar.
Segundo os paranaenses, a primeira faculdade do Brasil

Existem relatos de que os campos de Curitiba foram descobertos pela expedição de Pero Lobo, em 1531. Essa expedição bandeirante partiu de Cananéia em busca de ouro e prata na região dos Incas, seguindo uma trilha indígena que passava pelos arredores da atual cidade de Ponta Grossa. A expedição acabou sendo dizimada pelos índios guaranis, nas proximidades de Foz do Iguaçu, durante a travessia do rio Paraná.Em meados do século 16, surgiram as primeiras informações da existência de minas de ouro nos campos de Curitiba, atraindo os primeiros garimpeiros para a região.Em 1649, Ébano Pereira, capitão das canoas de guerra da Costa do Sul, comandou uma expedição exploratória para subir os rios e atingir o planalto em busca de ouro. Para isso, recrutou pessoal na Vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá. Estabeleceram-se, inicialmente, na margem esquerda do rio Atuba, entre os atuais bairros de Vila Perneta e Bairro Alto. Posteriormente, mudaram-se para um local às margens do rio Ivo, atual centro de Curitiba. Um amigo de Curitiba me disse, ao longo de uma caminhada pelo centro, da 15 de novembro até a praça Tiradentes, que aquele trajeto realizado em 10min antes era feito em 3 horas por causa do rio que teve seu curso desviado. 


Em 1668, foi autorizada a instalação do pelourinho no povoado. Contudo, as autoridades públicas não foram eleitas para a instalação da justiça. Isso era necessário, pelas leis da época, para que o povoado passasse à condição de vila. A primeira eleição de autoridades públicas somente aconteceu em 29 de março de 1693, promovidas pelo capitão-povoador Matheus Leme. O povoado passou, então, à categoria de vila, Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. A vila passou a se chamar Vila de Curitiba em 1701, já com 1.400 habitantes. Desde 1906, a data de 29 de Março de 1693 é adotada oficialmente como a data de fundação de Curitiba. 


No início do século 18, caravanas de tropeiros abriram o caminho para o transporte de gado desde o Rio Grande do Sul, até a baixada paulista e os campos de Minas Gerais. Nesse trajeto passava-se por Curitiba, impulsionando o comércio da região. Curitiba ultrapassou Paranaguá em importância, assumindo a sede da Comarca, em 1812.

Em 1842 a vila passou à categoria de cidade. O Paraná era, então, uma comarca de São Paulo. Sua emancipação para província do Paraná, se deu em 19 de dezembro de 1853, Curitiba tornou-se, então, a capital da província em 26 de julho de 1854, com 5.819 habitantes.
A partir do século 19, Curitiba passou a receber uma grande quantidade de imigrantes europeus e asiáticos, transformando a cidade em muitos aspectos.século 16, surgiram as primeiras informações da existência de minas de ouro nos campos de Curitiba, atraindo os primeiros garimpeiros para a região.




quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sem segredos



Relutei a  escrever essa postagem sobre planejamento, porque talvez seja realmente complicado estimar alguns valores. Contudo, após alguma pesquisa vi que dá para passar pra vocês uma pequenas estimativa de gasto para uma viagem de 20 dias por Egito, Israel, Turquia e Grécia. Eu sei que muitos mochileiros se preocupam muito com isso e alguns gostam de se vangloriar por ter conseguido gastar menos no trecho sugerido, mas o objetivo aqui é ajudar àqueles que estão começando a mochilar como eu a traçar um esboço dos gasto e ter, com isso, alguma direção financeira para evitar gastos excessivos - a menos que isso seja intencional, hauahuahu.
Bem, assim sendo, eu sempre separo os gastos em 4 tipos: hospedagem, alimentação, translado interno e translado externo. 

A hospedagem pode ser por indicação, mas eu costumo usar como ponto de partida o site www.hostelworld.com. Lá você encontrará preços de albergues e hotéis espalhados pelo mundo. A nota dada pelos usuários dos hotéis ou albergues é extremamente fiel e o mais legal é que tem reviews dos usuários. 

Para a alimentação eu uso o "Europe Mode" quando eu não sei nada do local. Europe Mode foi uma medida que criei quando estive lá em 2007 no primeiro mochilão, que fica em torno de U$50 o dia de sobrevivência (já incluso "comprinhas" do tipo pequenos souvenirs), mas já fiz U$20/dia, isso no "Dieta do Palhaço Mode" que recomendo apenas em casos extremos quando não aguentares mais comer larvas estranhas no sudeste asiático. Na Ásia, dá pra fazer U$12/dia ou até menos dependendo de como seja sua resistência bacteriológica.

Chamo de translado interno gastos com metrôs, táxis, passagens de trem, avião dentro da região visitada. 

Chamo de translado externo a passagem aérea do Brasil até o primeiro destino que, em geral é meu ponto de partida e chegada. É que, na maioria das vezes, comprar as passagens ida e volta para um mesmo destino sai mais barato que comprá-las para destinos diferentes. Daí, cheguei a esse ponto ótimo de estilo de viagem. Vou para uma cidade e ela será a base de partida. De lá compro as passagens para outros locais, porque em geral a compra no local permite que possamos escolher companhias aéreas lowcost inacessíveis aqui do Brasil ou que vendem mais caro para fora do país. Falo isso porque um dia, num das inúmeras horas que passei no aeroporto de Paris, fui até o guichê da Air France fazer "pesquisa mochileira"  e descobri que as passagens compradas pela internet aqui no Brasil são identificadas por endereço ip(internet protocol) e tarifadas de maneira diferente. Ou seja, se você tem algum amigo na Europa ou no país da companhia que deseja voar, vale a pena pedir para ele comprar as passagens para você e mandá-las pelo correio ou correio eletrônico, que seja, pois muito provavelmente será mais barato.
Existem dias chaves também, por exemplo, os últimos dias de dezembro são bem baratos, pois ninguém quer arriscar passar o reveillon numa conexão. Exceto eu, é claro, e você mochileiro muquirana, hehe. Assim eu consegui os seguintes preços:

Translado externo : R$ 3030,00  ida e volta para Cairo. Dia 29/12 chegando lá dia 30/12. Exatamente no mesmo dia que viajei para a China ano passado, porém chegarei no mesmo dia da partida da conexão. Ah...O voo tem conexão, ainda bem (nunca pensei que fosse dizer isso) porque ninguém merece 18 horas de voo sem pausa. a conexão é em Paris. Chego de manhã, almoço em Paris, depois viajo de tarde e chego à Cairo de noite. 


Hospedagem média: Egito e Israel 20 reais. Turquia e Grécia deve ser mais caro, to estimando uns 40 reais.(20x10+40x10 = R$ 600)



Alimentação: como nao tenho referência to fazendo as contas no Europe Mode...U$50/dia (50x1.7x20 = R$ 1700)



Transporte interno: vôos, trens, barcos, balões...: R$1500 (esse valor pode esta superestimado). É...Europa em crise...por isso que neste ponto odeio a Europa, encarece qualquer viagem, com ou sem crise.


Total = 3030+600+1700+1500 = R$ 6830

Parece que temos que trabalhar muito...Mas lembrem-se, pode ser mais enxuto que isso. Comprando com antecedência a passagem de ida, gastando menos na alimentação e pesquisando bem as lowcosts da região, por exemplo. Tudo o que foi apresentado até aqui foi apenas pra dar uma direção e um exemplo de como organizar os custos.

Espero que tenham gostado
Abraços
    

domingo, 14 de novembro de 2010

Visto para o Egito


Bem, dos países que pretendo visitar, apenas o Egito requer visto de turismo. Informei-me e percebi que existe um consulado do Egito no Rio de Janeiro e fica em Botafogo. Segue o endereço:

Consulado do Egito no Rio de Janeiro
Cônsul Ministra Plenipotenciária Amany Mohamed Kamal El Etr
Rua Muniz Barreto, 741 - Botafogo - Cep: 22.251-090 - Rio de Janeiro, RJ
Telefone: (55 21) 2554-6664/6318, Fax: (55 21) 2552-8997


O visto custa 80 reais a entrada simples e 100 reais a múltipla, que é o meu caso já que pretendo cheagar e sair pelo Egito na minha jornada. O site para mais informações é o seguinte: http://www.opengate.com.br/embegito/document.htm
Os documentos necessários são:


  • Passaporte original (prazo mínimo de validade: seis meses)
  • Comprovante de vacinação contra febre amarela - INTERNACIONAL
  • 01 foto 3X4 ou 5X7 recente
  • Taxa consular (somente em espécie) para todos passaportes Ingleses:
                                    Turismo e Negócios - mesmos valores
                                              R$ 280,00 - uma entrada
                                              R$ 480,00 - multiplas entradas

  •  Taxa Consular ( somente em dinheiro em espécie) para TODOS PASSAPORTES exceto Ingles e Canadense:

                                          Visto de turismo de *UMA ENTRADA* - R$ 80,00
                                          Visto de turismo de *MÚLTIPLAS ENTRADAS* - R$ 100,00
                                          Visto de negocio de *UMA ENTRADA* - R$ 120,00
                                          Visto de negocio de *MÚLTIPLAS ENTRADAS*- R$170,00

  • Formulário preenchido



Na comunidade dos mochileiros no Orkut, tem gente dizendo que dá pra tirar o visto lá, se a chegada for por aeroporto. Mas prefiro não arriscar. Vou tirar por aqui mesmo. O visto fica pronto em 48 horas. E quem é inglês ou canadense paga mais caro, ahuuahua, alguém sabe por quê?

Já estou ficando empolgado com a viagem só de escrever...é mole?

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Minha curta estada em Bangkok


Ah!...Que cidade! Realmente um apena ter que passar apenas dois dias em Bangkok. A cidade é um espetáculo só. Resolvi seguir a dica do meu guia de viagem da Routh Guides desta vez - particularmente não gostei desse guia, mas a dica dele pra Bangkok foi excelente. Ele diz que se você tem pouco tempo em Bangkok, não tem outra coisa a fazer se não se hospedar na Khao San Rd. E realmente foi isso que eu fiz.

O hotel indicado por ele foi perfeito: Khao San Palace. Limpo, confortável e barato. Consegui um quarto single com banheiro por 400 baht. A Khao San é como a Lapa no Rio amplificada. Confesso que quando cheguei lá fiquei tonto com tanta coisa nova, diferente, pra se ver. Joguei minhas coisas no hotel e andei vagarosamente por aquela rua. Observava cada detalhe, cada som e cada imagem.






Cara, é impossível...Muita coisa nova acontecendo ao mesmo tempo. Depois que a euforia passa você consegue entender o que acontece. Todas aquelas pessoas andando na rua, as barracas de roupas, de quinquilharias, de aparelhos modernos, de comidas de todo tipo, a música ao vivo nos restaurantes, os letreiros gigantes, pessoas do mundo todo...É uma experiência única e indescritível por completo.

Resolvi comer um espetinho típico dessas bandas de cá. Escolhi um de frango pra não ter surpresas, hauahau. Pensem num apimenta forte. Já pensaram?Multiplique por mil...Pois é, corri atrás de um shake na hora. Os shakes de frutas são muito comuns aqui...Ponha no liquidificador, gelo, um pouco d'água e frutas frescas...bata rapidamente e está pronto o tal shake. Por uns 40 baht você consegue essa maravilha. Cuidado, a comida é realmente muito apimentada.

No dia seguinte fiz um tour pelos grandes templos. Vi Buda em tudo quanto é posição. Sentado, em pé, deitado, rindo, chorando, ahuahuaha. Muito legal. O templo mais "badalado" é o Wat Po. Onde tem o Buda deitado do street fight.
Por falar em Street Fight, andar pela Khao San com a camisa da seleção brasileira é muito divertido. Todos começam a gritar: Ronallllldo! Pelé!!!!!Brasil!!!!...Bem, quase todos, pois me deparei com um camarada que ao ver minha camisa quase teve uma síncope, mas não conseguia falar nenhum nome de jogador brasileiro, foi quando de repente ele soltou: Brasil, Blanka!!!!!! E é claro que eu respondi: Thailand, Sagat!!! Daí foi quando ele me ensinou a fazer o Tiger e o famoso Tigerobocop! A prova tá na última foto (a parte em que ele falou Blanka foi verdade mesmo, morri de rir).
 
Aluguei um tuktuk numa rua próximo à Khao San por U$ 2,00  o dia. Mas como demorei muito num templo o cara foi embora, hauah. Também...não há como passar rápido pelos monumentos e pagodas.
O transito aqui é bem maluco, estilo Saigon, mas com mais carros. A Thailandia é mais rica que o Vietnã certamente. O rei daqui, sua realeza senhor Bhumibol Adulyadej, é  considerado o monarca mais rico segundo a Forbes e deve ser mesmo. Aqui em qualquer lugar á uma foto do cara. Dentro de shopping, na praia, em todo canto o poster gigante com sua foto está presente.


No fim do dia fui jantar num típico restaurante thai na Khao San com direito a música ao vivo e tudo mais. Fui embora de Bangkok com o sentimento de que terei que voltar a ela um dia...





terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Railay, Ko Phi Phi, Bamboo, Poda...A Tailândia é mesmo incrível!

Primeiro decidi que iria escrever uma longa postagem sobre essas ilhas na Tailândia, mas acho que não tem muito o que falar...São simplesmente fantásticas...Deixa qualquer praia no Brasil no chinelo, fácil, fácil.
Ok, do começo então...Quando saí de Siem Reap, que foi difícil, pois não me liguei em comprar o bilhete com antecedência e quase não consigo sair no dia que eu havia planejado, com sorte eu consegui passagem para Krabi com escala em Bangkok.

Daí, voei até Bangkok e depois até Krabi. Krabi é a cidade mais próximo das ilhas que possui aeroporto. Tem Phuket também, mas resolvi seguir as dicas dos mochileiros que me alertaram que Phuket não é bom. No aeroporto de Krabi mesmo há vários ônibus que parte para os portos de travessia para as ilhas.

No meu caso, fui até Ao Nang para atravessar para Railay. Na realidade não é uma travessia, pois Railay é uma península. Só não há estradas de Krabi até lá. Aqui vai o primeiro alerta pra quem viaja só. Se você for a Ao Nung, tente chegar pela manhã, pois há mais gente para atravessar.

É que os barquinhos só partem com lotação mínima de 8 pessoas. Por conta disso, eu fiquei esperando quase 3 horas para atravessar. Só havia eu e um alemão...ahuahau. Ficamos esperando chegar mais gente. Apareceram mais 2 pessoas e já era quase 9 da noite.

Então emploramos pro barqueiro pra atravessar a gente. Ok, cento e cinquenta barh depois (divide por 18 pra virar real) estávamos indo pra Railay.

Cheguei no meio das festas que sempre rolam a noite toda e toda a noite, ahuahaa. O barqueiro me deixou na Railay west. Meu hotel era o último da praia Railay east, uma bosta...não o hotel em si, mas a distância. Minha mochila estava com 16 kg, mais uma bolsa que comprei pra levar os computadores que muambei na China. Tudo deveria dar uns 19 kg. Caminhei a praia de Railay west e tive maior trabalho pra achar o caminho pra Railay east, mas faz parte. Calor do caramba.

Quando eu estava ficando puto, lembrei da frase que todo mochileiro conhece, o autor é desconhecido, mas a frase virou o lema dos mochileiros...

"Prefiro carregar o peso de uma mochila nas costas à consciência de não ter conhecido o mundo





Quando cheguei no hotel, o recepcionista me deu uma bela garrafa d'água e disse que era por conta. Morri de rir, porque fiquei imaginando minha cara de acabado, ahuahahua. Dentro do hotel, que na realidade eram bangalôs - muito comuns por aqui e muito chiques também -, ainda tive que subir pacas, hauuahuha, mas agora sem as malas. 


Só de dia que a raiva passou. Porque a vista lá de cima era fantástica. O café da manhã com aquelas frutas tropicais e típicas da região, muito maneiro. Eu devo ter pago uma nota? Nem pense nisso, 20 doláres a diária. Realmente, uma nota por aqui, onde o normal é 10. Achei até por 8 e um mochileiro me disse que já viu por 5. 


Bem, eu estava muito cansado pra barganhar. Fiquei nesse e valeu a pena. De qualquer forma a dica é ficar na Railay East, que é mais barato mesmo. A Railay West é mais bonita, mas dá pra ir andando tranquilamente - quando já se sabe o caminho. 


Muita coisa pra se fazer em Railay...Tem os locais de vista, lagoa, cavernas, escaladas, snorkelling...muita coisa mesmo. Toda ilha é bem sinalizada em inglês. Os vendedores na grande maioria falam inglês também, quando não chamam alguém que saiba. As pessoas são muito simpáticas e hospitaleiras por aqui. Lembra um pouco o norte e o nordeste do Brasil no jeito de ser e de levar a vida. 


A tarde aluguei um kayake com o Sérgio, um italiano gente boa. Rodamos as pequenas ilhas da península de Railay. Entramos em cavernas alagadas, paisagens maravilhosas. Caímos do kayake, né Sérgio? O esperto foi tentar subir no kayake quando já estava fundo. Lógico que virou comigo em cima. Por sorte nossas coisas estavam na minha mochila a prova d'água. Comédia demais.


A noite conheci umas brasileiras, pode? É igual chuchu...tem em tudo quanto é canto e o ano todo...Flávia e Ana. Moram no Rio também. Fomos para as festas de Railay East, pois são mais animadas. Foi uma noite muito maneira. Assistimos a uma luta de Muai Tai. Por aqui isso é uma atração que tem nos bares. 


Ficamos num bar que quem quisesse lutar podia subir no ring. Tipo um telecat. Claro, que eu tive que ir lá, né? Flávia me encheu o saco...Pilhei. Ahuahahua. Foi muito engraçado. Pena que não tirei foto. Como ela diz...relaxa, se não tem foto é porque não aconteceu, ahuahuahuahu. Ainda bem, pois seria o mico do ano. Ou melhor o King Kong.


No dia seguinte resolvi ir a Ko Phi Phi. Estava muito ansioso. Então antecipei a partida. Parti de manhã, umas 10h. Cheguei em Phi Phi ainda de manhã, 11:30. A viagem é curta, mas até esperar embarcar todo mundo, demora uns 30 min. Em Phi Phi, consegui quarto por 12 USD. Achei bom, tendo em vista que é alta temporada. 


Cheguei e fui logo fazer snorkelling...to viciado, ahauhauha. Muito massa...tem muito peixe aqui. Nadar no meio deles é uma sensação indescritível. Por isso també fiz mergulho com cilindro de ar e tudo. Parece que você está livre de verdade. 


Levei comigo algumas migalhas de pão e quando estava lá embaixo d'águal eu soltava do meu bolso. Parecia uma nuvem colorida...Muito bonito. Maneiro...


Lá em baixo fiquei pensando em quanto a vida é frágil. Se alguma mudança naquela água ocorrer, seja ela qual for, física, química...toda aquela maravilha morre. Depois olhei pra mim...cheio de apetrecho pra poder respirar em baixo d'água e percebi também como somos frágeis. 


Enfim...Voltei pro hotel, tomei um banho e vim pra cá pra esse restaurante maneiro: The Breakers. Tem wifi aqui, ahuahauha. É o vício. Fiquei comendo e bebendo as cervejas aguadas daqui.


Cansei de postar...Vou dar uma volta...vê se acho um espetinho de cachorro, ahuauahuha.
Abraços.