Boas vindas África

Introdução do mochilão África 2011:
Estou de volta pra mais uma aventura. Desta vez o destino é o velho mundo. Mais precisamente o Egito. Não tive muito tempo pra preparar a viagem desta vez. Contudo estou menos preocupado, acho que a experiência está começando a surtir efeito. A princípio meu roteiro será Egito, Israel, Turquia e Grécia. Tenho pouco tempo desta vez. Vamos ver no que vai dar...

Boas vindas Ásia

Introdução do mochilão Ásia 2010:
Resolvi fazer esse blog de tanto que o meu amigo André falou...cara, você vai pra China; cara, você tem que escrever de lá; tem que publicar sua viagem.
Realmente, pensei bem e de fato deveria publicar minha viagem, não só pra evitar que o André morra de curiosidade, mas, principalmente, porque quase não achei informações mais detalhadas sobre viagens à China. Aqui, pretento não só contar as aventuras que encontrarei na viagem, mas também postar vídeos mostrando o que alguém que não sabe mandarim, comer com dois pauzinhos, qual a moeda da China, dentre outras coisas, poderá encontrar nessa grande aventura...
Claro, já ia esquecendo, também vou ao sudeste asiático. E tudo isso vocês ficarão sabendo por aqui...Espero que curtam bastante e que sirva para quem estiver pensando em ir para o outro lado do mundo como eu.
Abraços a todo e pé na estrada...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Minha curta estada em Bangkok


Ah!...Que cidade! Realmente um apena ter que passar apenas dois dias em Bangkok. A cidade é um espetáculo só. Resolvi seguir a dica do meu guia de viagem da Routh Guides desta vez - particularmente não gostei desse guia, mas a dica dele pra Bangkok foi excelente. Ele diz que se você tem pouco tempo em Bangkok, não tem outra coisa a fazer se não se hospedar na Khao San Rd. E realmente foi isso que eu fiz.

O hotel indicado por ele foi perfeito: Khao San Palace. Limpo, confortável e barato. Consegui um quarto single com banheiro por 400 baht. A Khao San é como a Lapa no Rio amplificada. Confesso que quando cheguei lá fiquei tonto com tanta coisa nova, diferente, pra se ver. Joguei minhas coisas no hotel e andei vagarosamente por aquela rua. Observava cada detalhe, cada som e cada imagem.






Cara, é impossível...Muita coisa nova acontecendo ao mesmo tempo. Depois que a euforia passa você consegue entender o que acontece. Todas aquelas pessoas andando na rua, as barracas de roupas, de quinquilharias, de aparelhos modernos, de comidas de todo tipo, a música ao vivo nos restaurantes, os letreiros gigantes, pessoas do mundo todo...É uma experiência única e indescritível por completo.

Resolvi comer um espetinho típico dessas bandas de cá. Escolhi um de frango pra não ter surpresas, hauahau. Pensem num apimenta forte. Já pensaram?Multiplique por mil...Pois é, corri atrás de um shake na hora. Os shakes de frutas são muito comuns aqui...Ponha no liquidificador, gelo, um pouco d'água e frutas frescas...bata rapidamente e está pronto o tal shake. Por uns 40 baht você consegue essa maravilha. Cuidado, a comida é realmente muito apimentada.

No dia seguinte fiz um tour pelos grandes templos. Vi Buda em tudo quanto é posição. Sentado, em pé, deitado, rindo, chorando, ahuahuaha. Muito legal. O templo mais "badalado" é o Wat Po. Onde tem o Buda deitado do street fight.
Por falar em Street Fight, andar pela Khao San com a camisa da seleção brasileira é muito divertido. Todos começam a gritar: Ronallllldo! Pelé!!!!!Brasil!!!!...Bem, quase todos, pois me deparei com um camarada que ao ver minha camisa quase teve uma síncope, mas não conseguia falar nenhum nome de jogador brasileiro, foi quando de repente ele soltou: Brasil, Blanka!!!!!! E é claro que eu respondi: Thailand, Sagat!!! Daí foi quando ele me ensinou a fazer o Tiger e o famoso Tigerobocop! A prova tá na última foto (a parte em que ele falou Blanka foi verdade mesmo, morri de rir).
 
Aluguei um tuktuk numa rua próximo à Khao San por U$ 2,00  o dia. Mas como demorei muito num templo o cara foi embora, hauah. Também...não há como passar rápido pelos monumentos e pagodas.
O transito aqui é bem maluco, estilo Saigon, mas com mais carros. A Thailandia é mais rica que o Vietnã certamente. O rei daqui, sua realeza senhor Bhumibol Adulyadej, é  considerado o monarca mais rico segundo a Forbes e deve ser mesmo. Aqui em qualquer lugar á uma foto do cara. Dentro de shopping, na praia, em todo canto o poster gigante com sua foto está presente.


No fim do dia fui jantar num típico restaurante thai na Khao San com direito a música ao vivo e tudo mais. Fui embora de Bangkok com o sentimento de que terei que voltar a ela um dia...





terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Railay, Ko Phi Phi, Bamboo, Poda...A Tailândia é mesmo incrível!

Primeiro decidi que iria escrever uma longa postagem sobre essas ilhas na Tailândia, mas acho que não tem muito o que falar...São simplesmente fantásticas...Deixa qualquer praia no Brasil no chinelo, fácil, fácil.
Ok, do começo então...Quando saí de Siem Reap, que foi difícil, pois não me liguei em comprar o bilhete com antecedência e quase não consigo sair no dia que eu havia planejado, com sorte eu consegui passagem para Krabi com escala em Bangkok.

Daí, voei até Bangkok e depois até Krabi. Krabi é a cidade mais próximo das ilhas que possui aeroporto. Tem Phuket também, mas resolvi seguir as dicas dos mochileiros que me alertaram que Phuket não é bom. No aeroporto de Krabi mesmo há vários ônibus que parte para os portos de travessia para as ilhas.

No meu caso, fui até Ao Nang para atravessar para Railay. Na realidade não é uma travessia, pois Railay é uma península. Só não há estradas de Krabi até lá. Aqui vai o primeiro alerta pra quem viaja só. Se você for a Ao Nung, tente chegar pela manhã, pois há mais gente para atravessar.

É que os barquinhos só partem com lotação mínima de 8 pessoas. Por conta disso, eu fiquei esperando quase 3 horas para atravessar. Só havia eu e um alemão...ahuahau. Ficamos esperando chegar mais gente. Apareceram mais 2 pessoas e já era quase 9 da noite.

Então emploramos pro barqueiro pra atravessar a gente. Ok, cento e cinquenta barh depois (divide por 18 pra virar real) estávamos indo pra Railay.

Cheguei no meio das festas que sempre rolam a noite toda e toda a noite, ahuahaa. O barqueiro me deixou na Railay west. Meu hotel era o último da praia Railay east, uma bosta...não o hotel em si, mas a distância. Minha mochila estava com 16 kg, mais uma bolsa que comprei pra levar os computadores que muambei na China. Tudo deveria dar uns 19 kg. Caminhei a praia de Railay west e tive maior trabalho pra achar o caminho pra Railay east, mas faz parte. Calor do caramba.

Quando eu estava ficando puto, lembrei da frase que todo mochileiro conhece, o autor é desconhecido, mas a frase virou o lema dos mochileiros...

"Prefiro carregar o peso de uma mochila nas costas à consciência de não ter conhecido o mundo





Quando cheguei no hotel, o recepcionista me deu uma bela garrafa d'água e disse que era por conta. Morri de rir, porque fiquei imaginando minha cara de acabado, ahuahahua. Dentro do hotel, que na realidade eram bangalôs - muito comuns por aqui e muito chiques também -, ainda tive que subir pacas, hauuahuha, mas agora sem as malas. 


Só de dia que a raiva passou. Porque a vista lá de cima era fantástica. O café da manhã com aquelas frutas tropicais e típicas da região, muito maneiro. Eu devo ter pago uma nota? Nem pense nisso, 20 doláres a diária. Realmente, uma nota por aqui, onde o normal é 10. Achei até por 8 e um mochileiro me disse que já viu por 5. 


Bem, eu estava muito cansado pra barganhar. Fiquei nesse e valeu a pena. De qualquer forma a dica é ficar na Railay East, que é mais barato mesmo. A Railay West é mais bonita, mas dá pra ir andando tranquilamente - quando já se sabe o caminho. 


Muita coisa pra se fazer em Railay...Tem os locais de vista, lagoa, cavernas, escaladas, snorkelling...muita coisa mesmo. Toda ilha é bem sinalizada em inglês. Os vendedores na grande maioria falam inglês também, quando não chamam alguém que saiba. As pessoas são muito simpáticas e hospitaleiras por aqui. Lembra um pouco o norte e o nordeste do Brasil no jeito de ser e de levar a vida. 


A tarde aluguei um kayake com o Sérgio, um italiano gente boa. Rodamos as pequenas ilhas da península de Railay. Entramos em cavernas alagadas, paisagens maravilhosas. Caímos do kayake, né Sérgio? O esperto foi tentar subir no kayake quando já estava fundo. Lógico que virou comigo em cima. Por sorte nossas coisas estavam na minha mochila a prova d'água. Comédia demais.


A noite conheci umas brasileiras, pode? É igual chuchu...tem em tudo quanto é canto e o ano todo...Flávia e Ana. Moram no Rio também. Fomos para as festas de Railay East, pois são mais animadas. Foi uma noite muito maneira. Assistimos a uma luta de Muai Tai. Por aqui isso é uma atração que tem nos bares. 


Ficamos num bar que quem quisesse lutar podia subir no ring. Tipo um telecat. Claro, que eu tive que ir lá, né? Flávia me encheu o saco...Pilhei. Ahuahahua. Foi muito engraçado. Pena que não tirei foto. Como ela diz...relaxa, se não tem foto é porque não aconteceu, ahuahuahuahu. Ainda bem, pois seria o mico do ano. Ou melhor o King Kong.


No dia seguinte resolvi ir a Ko Phi Phi. Estava muito ansioso. Então antecipei a partida. Parti de manhã, umas 10h. Cheguei em Phi Phi ainda de manhã, 11:30. A viagem é curta, mas até esperar embarcar todo mundo, demora uns 30 min. Em Phi Phi, consegui quarto por 12 USD. Achei bom, tendo em vista que é alta temporada. 


Cheguei e fui logo fazer snorkelling...to viciado, ahauhauha. Muito massa...tem muito peixe aqui. Nadar no meio deles é uma sensação indescritível. Por isso també fiz mergulho com cilindro de ar e tudo. Parece que você está livre de verdade. 


Levei comigo algumas migalhas de pão e quando estava lá embaixo d'águal eu soltava do meu bolso. Parecia uma nuvem colorida...Muito bonito. Maneiro...


Lá em baixo fiquei pensando em quanto a vida é frágil. Se alguma mudança naquela água ocorrer, seja ela qual for, física, química...toda aquela maravilha morre. Depois olhei pra mim...cheio de apetrecho pra poder respirar em baixo d'água e percebi também como somos frágeis. 


Enfim...Voltei pro hotel, tomei um banho e vim pra cá pra esse restaurante maneiro: The Breakers. Tem wifi aqui, ahuahauha. É o vício. Fiquei comendo e bebendo as cervejas aguadas daqui.


Cansei de postar...Vou dar uma volta...vê se acho um espetinho de cachorro, ahuauahuha.
Abraços. 



segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Siem Reap...The Angkor ruins





Cara, me senti o Indiana Jones aqui...Esse lugar é fantástico. Confesso que quando cheguei a Phnom Penh, não fiquei tão empolgado com o Camboja quanto aqui em Siem Reap.


Você tem que vir aqui pra ver todos aqueles templos de Angkor Wat e Angkor Thom...São os maiores monumentos religiosos do planeta. Nas paredes de Angkor Wat está a conclusão da fantástica obra Mahabarata, o livro mais antigo do mundo. 



É um clássico da religião hindu. Aqui vale duas ressalvas, os templos eram inicialmente hindus, mas depois de sua fundação se tornaram budistas. A outra é sobre o Mahabarata, que é muito pouco conhecido no ocidente. Além de ser a mais antiga obra escrita, é também a maior obra já escrita por um ser humano. Possui 90.000 versos em sânscrito. 



Dizem que o livro é um verdadeiro manual de psicologia evolutiva do homem. Pensei que ele fosse o livro mais lido do mundo, mas me enganei. O livro mais lido no mundo é o russo Преступле́ние и наказа́ние, Prestuplênie i nakazánie - Crime e Castigo - do Dostoiévisk. O mais vendido é a Bíblia. 



De qualquer forma, a história esculpida nas paredes dos templos de Angkor são realmente fenomeneis. Ao fim do dia, de quebra, ainda assistir ao por do Sol no Lago Sap. 



Juro  a você, nunca vi um lago tão grande. Não dava pra ver a margem oposta a sua. Senti-me como se estivesse no meio do Rio Amazonas...



Lá no lago existe uma verdadeira cidade flutuante. Casas, restaurantes, criações de animais, igrejas, escolas...tudo em cima da água. 




Fui assistir ao por-do-sol nesse lago e parei num desses restaurantes flutuantes. A comida é muito boa aqui. Mas o mais me chamou a atenção foi a porção de camarão que é servida como tira gosto. A porção em si não tem nada de diferente da nossa - alem da pimenta, é claro -, mas a procedência do camarão. 



Quando pedi a porção, a gentil e simpática atendente sacou um pequeno puçá e mergulhou no rio. Quando retirou, veio cheio de pequenos camarões. Direto do puçá para afrigideira e pimenta, hauahau. Deliciosos...









Fiquei ali mesmo, comendo, bebendo Chang beer e apreciando o por-do-sol cambojano. Ah...Já ia esquecendo...Antes do restaurante, o piloto da lancha me falou que tinha uma pequena escola ali perto e perguntou se eu queria dar uma passada lá. 



É que no caminho eu disse que trabalhava com ciência...física, química, matemática...São pessoas muito pobres que vivem ali e geralmente os turistas costumam comprar lápis e caderno pra doar lá na escola. Daí, aconteceu uma coisa muito fantástica...Fui convidado a dar um aula para a garotada lá na escolinha...Foi uma experiência inesquecível...Aqui no Camboja, eles começam um pouco tarde na escola. 



Com 14 anos ainda estão no equivalente nosso ao 4o. ano. Ensinei a eles matemática básica...Aquele truque simples dos dedos para a tabuada dos nove...Foi muito maneiro. Agradeço ao professor Tirthtui que me ajudou lá na escolinha e ao Pepek piloto da lancha, pela oportunidade...