Boas vindas África

Introdução do mochilão África 2011:
Estou de volta pra mais uma aventura. Desta vez o destino é o velho mundo. Mais precisamente o Egito. Não tive muito tempo pra preparar a viagem desta vez. Contudo estou menos preocupado, acho que a experiência está começando a surtir efeito. A princípio meu roteiro será Egito, Israel, Turquia e Grécia. Tenho pouco tempo desta vez. Vamos ver no que vai dar...

Boas vindas Ásia

Introdução do mochilão Ásia 2010:
Resolvi fazer esse blog de tanto que o meu amigo André falou...cara, você vai pra China; cara, você tem que escrever de lá; tem que publicar sua viagem.
Realmente, pensei bem e de fato deveria publicar minha viagem, não só pra evitar que o André morra de curiosidade, mas, principalmente, porque quase não achei informações mais detalhadas sobre viagens à China. Aqui, pretento não só contar as aventuras que encontrarei na viagem, mas também postar vídeos mostrando o que alguém que não sabe mandarim, comer com dois pauzinhos, qual a moeda da China, dentre outras coisas, poderá encontrar nessa grande aventura...
Claro, já ia esquecendo, também vou ao sudeste asiático. E tudo isso vocês ficarão sabendo por aqui...Espero que curtam bastante e que sirva para quem estiver pensando em ir para o outro lado do mundo como eu.
Abraços a todo e pé na estrada...

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O último dia do ano


Ainda no dia 30 de dezembro, após longas horas de voo de Paris para Cairo, eu finalmente estava no Egito. No táxi do aeroporto para o centro [80EGP (Egypt pound) equivalente a 20BRL e uma hora de viagem até o centro], onde ficava meu hotel - Yasmine Hotel, muito bom para mochileiros, pois é barato e confortável - já percebi como os egípcios são amistosos. Pior que os taxistas do Rio, os do Egito contam muitas histórias, especialmente se você for do Brasil, eu acho. Ele me contou que o Egito torceu para o Brasil na última copa mais do que para a própria seleção. Coisas do futebol...Mas então, eu estava tão cansado ao chegar no hotel, que só queria dormir. Mandei um sinal de fumaça pra casa pela internet e fui dormir. O hotel era bem simples, mas tinha uma qualidade muito importante em Cairo: o silêncio. Sim, Cairo é uma cidade extremamente barulhenta e poluída (visualmente e fisicamente) em muitos pontos. Conseguir um hotel que te guarde quanto a isso, é muito importante. No mais, adorei a localização, fica na Sharia Sherif, 26, bem no centro de Cairo.

Acordei quase meio-dia. O que me fez acordar foi um canto que parecia vir de todo canto da cidade. Um canto típicamente árabe que vinha dos autofalantes espalhados pela cidade toda. Fiquei sem entender muito bem o que havia, mas foi bom porque me serviu de alarme. Bem, estava morrendo de fome, mas com muita pressa, pois queria aproveitar a tarde no museu de Cairo. Não quis  perder tempo parando num lugar pra comer, daí comi um sanduiche árabe de uma rede fast local. Cheguei ao museu por volta das 14h. Os ingressos custaram 60 EGP cada (um para entrar no museu e outro para a sala das mumias dos grandes reis). Aqui vai a dica: estudantes, FAÇAM A CARTEIRINHA DA UNE!!!Tudo no egito é mais barato para  estudante, até comida as vezes. Arrependi-me de não a ter feito. Mas, ok. Na entrada, todos devem passar por uma revista rigorosa, pois desde o atentado de 1997, onde um católico entrou numa mesquita e metralhou 60 pessoas, o governo do Egito reforçou a segurança em vários pontos turístico, contudo o guarda, me interpelou e perguntou de onde eu era. Eu disse que era do Brasil e ele me respondeu com um largo sorriso: in brasilian, we trust. Come in, please! Sei lá, mas acho que realmente nosso país nesse aspecto é maravilhoso. Em todos os lugares que fui sou sempre bem recebido por ser brasileiro (nunca fui na Argentina, gente).  Dentro do museu é proibido tirar fotos, I'm so sorry! O museu possui mais de 1000 peças em exposição. As múmias encontradas no Vale dos Reis, nos arredores da cidade de Luxor, estão todas aqui, exceto uma: a de Tutancamon. Pra mim a parte mais interessante foi entender a invasão dos gregos. Alexandre foi visto com um Deus e por isso proclamado faraó (330 a.C). Os egípcios estavam sob domínio persa e pelo que percebi, aceitar Alexandre foi mais uma estratégia egípcia de rendição inconfessa do que um ato religioso. 
Outro ponto alto do museu foi entender como reconhecer peças das 3 grandes eras egípcias. A mais antiga, que data de mais de 5000 anos a.C , pode ser reconhecida principalmente pelas instalações onde elas se encontravam. Em geral, as tumbas dessa época eram buracos no chão, literalmente, como as tumbas do Vale dos Reis em Luxor. A segunda era, é marcada pelas piramides escalonadas que serviam para afugenter os saqueadores, além de claro cumprir a função religiosa de guardar o corpo do faraó para a outra vida. Além disso, se faz menção a Amon-rá, o deus dos deuses. Esse conceito de culto a Amon-rá foi trazido pelo Ramises III. Isso mostra a grande popularidade deste faraó, pois se algum acontecimento natural extraordinário acometesse o Egito naquela época, o faraó provavelmente seria visto com maus olhos, pois os sábios poderiam facilmente se valer do "eu não te disse para não mudar de deus".
Bem, poderia citar muitas outras coisas importantes na história egípcia que aprendi no museu, mas contudo, passaria hora e horas escrevendo. Na proxima postagem vou falar de Gizá e das piramides. 

P.S.:O reveillon aqui é pouco celebrado. A noite fui até as margens do Nilo esperando ver um espetáculo de fogos e outras coisas mais, mas apenas uns foguetes mixurucas foram lançados de uns barquinhos. Feliz ano novo!